PORTO DE SANTOS ESTUDA DESCONTOS PARA EXPORTADORES AFETADOS POR TARIFAÇO

Publicado em: | Categoria: Notícia de Comércio Exterior-Exportação

Porto de Santos estuda descontos para exportadores afetados por tarifaço

O diretor-presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, participou na quarta-feira (8) da Comissão Mista que analisa a medida provisória que institui o Brasil Soberano, plano do governo de ajuda aos exportadores brasileiros afetados pelo tarifaço dos Estados Unidos. Com pouco mais de dois meses de tarifas para produtos brasileiros, o presidente do porto revelou um estudo que visa aplicar descontos tarifários para exportadores de cargas diretamente afetadas pela medida do governo norte-americano.

Durante sua participação, Pomini apresentou dados de movimentação do complexo portuário, com resultados bastante expressivos nos meses de julho e agosto, em resposta ao início das tarifas, aos quais ele chamou de “corrida da carga”.

“Quando o presidente americano anuncia as tarifas, o produtor que tinha suas cargas prontas, em condições de exportação, correu para entregar seus produtos, tendo em vista que do cais até qualquer porto americano, um navio demanda dez dias para poder chegar. Por isso, batemos recordes. Movimentamos 17,4 milhões de toneladas em julho e 16,5 milhões em agosto. De tudo o que se movimenta no Porto de Santos, de 12% a 15% vai para os Estados Unidos”, disse.

Entre os produtos principais exportados pelo Porto de Santos afetados pelo tarifaço americano estão o café, algodão, açúcar e carne bovina.

Questionado por parlamentares sobre os efeitos das tarifas do governo Trump, Pomini afirmou que os maiores prejudicados são os consumidores americanos.

“Basta uma pesquisa para comprovar que eles tiveram um aumento no valor da carne, por exemplo”, disse.

Segundo o presidente do porto, os efeitos negativos das tarifas sobre os produtos brasileiros refletem uma aproximação do governo americano com o brasileiro, evidenciado nesta semana a partir de um telefonema entre Donald Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


Fonte: SINDICOMIS